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  • Thiego Souza

Especial de domingo: Altas nos combustíveis afetam a vida de todos os brasileiros

Inflação dos combustíveis eleva preços de outros produtos e diminui o poder de compra dos brasileiros.



Pela 11ª vez em 2021 os combustíveis tiveram reajustes, chegando a preços assustadores, aumentando assim a inflação, o que faz diminuir o poder de compra dos brasileiros devido a desvalorização do salário, pois na maioria das vezes não consegue acompanhar o ritmo acelerado das altas dos preços.


O brasileiro, que tem veículo ou não, vem sofrendo as consequências das altas nos combustíveis, pois esses reajustes acabam interferindo diretamente nos preços dos produtos, pois a grande maioria é transportada pela malha rodoviária, e com isso as cobranças de frete acabam saindo mais caras, o que é compensado de certa maneira no preço final que chega ao consumidor.


Em entrevista ao Info Serrinha, o economista Igor Mundstock, explica como nossa vida é afetada de maneira direta com a alta dos combustíveis, e isso independe do cidadão ter ou não veículo.


"Tendo carro ou não todo brasileiro é afetado pela inflação. Grande parte da alta dos índices de inflação de 2021 pode ser explicada pela alta nos combustíveis, e o pior disso é que com o tempo a alta no preço dos combustíveis acaba "contaminando" outros preços de bens e serviços".



O economista deu um exemplo simples de como o aumento dos combustíveis influencia na vida do consumidor. "Uma pessoa que compra um produto pela internet e esse produto precisa ser transportado até ela, o transporte na maioria das vezes é feito por rodovias, e esse modal representa mais de 70% da logística brasileira, logo alguém precisa levar isso e essa pessoa vai precisar de combustível, então, independentemente de ter ou não veículo você será afetado pelo aumento nos preços dos combustíveis".


Segundo Igor Mundstock, o barril de petróleo no mercado exterior pode sofrer novos reajustes ainda em 2021, gerando novas dificuldades para todos. "Há muitos bens que são comprados no mundo inteiro que são derivados do Petróleo, e hoje o que mais gera inflação no mundo é a alta petróleo no mercado internacional, uma alta considerável e podendo chegar a patamar mais elavados. Hoje o barril de petróleo é negociado 85 dólares, e a expectativa é que chegue perto de 100 dólares até o final do ano ou no início do ano que vem caso nenhuma mudança brusca aconteça nas economias internacionais".


Para o economista, o fato do Petróleo ser comercializado em dólar, e a Petrobrás manter essa forma de negociação faz com que o produto chegue com valores elevados no Brasil. "A inflação que vemos hoje causada pela alta dos combustíveis é consequência de dois fatores: a alta do petróleo lá fora, que tem gerado inflação no mundo inteiro, e aqui no Brasil é intensificado pela alta do dólar porque a moeda se valoriza contra o Real brasileiro e se intensifica os reajustes, e com isso nós percebemos o quão importante é a gasolina e o diesel na nossa vida, seja diretamente quando se enche o tanque do seu carro ou indiretamente quando você compra um produto que depende da cotação do valor do combustível".


No último reajuste a Petrobrás elevou em 7,04% o valor da gasolina e 9,15% do diesel nas refinarias, acumulando altas de 73,4% (gasolina) e 65,3% (diesel).

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